domingo, 9 de setembro de 2007

Artigo: De Rousseau a Freinet

Por:

Ayrton Cardoso Viana


Uma pedagogia que continua a dar frutos



A pedagogia formulada por pensadores como Rousseau, Decroly e Freinet, trouxeram e trazem para os momentos atuais, subsídios para uma constante transformação na educação de um modo geral, digam-se de passagem, que apesar de todos os anos decorridos do lançamento de suas teorias, muitas escolas a nível mundial ainda aplicam as suas técnicas de ensino e sua pedagogia.
Rousseau que era considerado como um filósofo pré-romântico via a educação relacionada à integração com a natureza, com pensamentos voltados para a liberdade, fraternidade e igualdade entre os seres humanos, a educação para ele era algo que levasse a criança à transformar-se, vivendo na educação as suas próprias experiências, livres e em grupos, em um ambiente favorável ao seu crescimento cognitivo e intelectual, este crescimento que parte de dentro do ser, do próprio ser humano.
O trabalho proposto por Decroly foi direcionado para crianças, à princípio com necessidades especiais, mas como Rousseau ele também via a aprendizagem da criança como algo que surgia de dentro para fora. Todavia Decroly trabalhava muito a individualidade da criança, com coisas concretas, com a liberdade de expressão, e partindo do contexto em que a mesma se encontrava inserida. Dentre os seus métodos ele via vários defeitos na educação da época e que deveriam ser sanados pra que ocorresse melhorias como: pouca coesão nas atividades propostas, divisão excessiva do ensino, exercícios não espontâneos, disciplinas desconexas com a realidade das crianças.
Já Freinet pensava em uma escola popular. Grande oposicionista que foi da escola tradicional que a considerava fechada, contrária à descoberta, ao interesse e ao prazer da criança. A sua pedagogia pregava o respeito mútuo entre professor e aluno, via o trabalho do aluno como uma atividade coletiva, e o conjunto das decisões em sala como liberdade de relações entre todos os envolvidos.
Freinet foi um crítico das metodologias propostas por Decroly, questionando seus métodos, pela definição de matérias, locais e condições especiais para a realização do trabalho pedagógico. Diferentemente do pensamento de Rousseau e Decroly, Freinet dizia que as transformações na educação deveriam partir dos próprios professores, e como os demais pensadores ele dava grande importância à participação e integração entre família, comunidade e escola.
O que pôde ser visto são fatores de grande importância para a educação atual, apesar de suas propostas pedagógicas serem um tanto quanto utópicas tudo o que eles escreveram e aplicaram não está diferente do que é aplicado atualmente das redes de ensino, principalmente na área de educação infantil.
Logicamente que as concepções por eles defendidas tais como: visão otimista demais de poder de transformação exercida pelas escolas, dimensão social dos fatores de classe, a questão racial, de sexo, cor, bem como partir daquilo que realmente interessa à criança, do contato direto com a natureza, do trabalho espontâneo, por si só não resolve o grande problema hoje existente nos setores de educação infantil.
È preciso, e com certa urgência, grande esforço de todos os envolvidos com o setor educacional, para que se possa fechar a brechas existentes, respeitando a lógica até o fim e fazer da leitura e da escrita instrumentos, como é o seu papel na vida real.


Ayrton Cardoso Viana, acadêmico do Curso de Pedagogia da UESSBA – Faculdade do Sertão

Irecê (BA) Abril de 2007.


Bibliografia utilizada

ELIAS, Marisa Del Cioppo. De Emílio a Emília – a trajetória da alfabetização. São Paulo: Scipione, 2000.

A Pedagogia e a Sala de Aula

Por:
Ayrton Cardoso Viana

O final do século XX e início do século XXI vem sendo marcado pelos avanços das novas teorias da física, da biologia, das comunicações, da pedagogia. As novas tecnologias e os novos paradigmas educacionais tem proporcionado ao homem outra visão do que é, e como se fazer uma educação de qualidade. Em contrapartida instala-se um individualismo tumultuado e feroz, fruto das novas exigências do sistema capitalista e social. A tendência advinda é projetar as dificuldades no outro, isto leva o indivíduo a permanecer freqüentemente na controlável posição de vítima, o que nada contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional.
As escolas buscam novos métodos para adquirir e transmitir conhecimentos de acordo com essa realidade. Novos horizontes estão se abrindo aos educadores, exige-se deles uma educação construída numa rede de relações, de construções, de transgressões, de busca de afirmações e parcerias, em que todos os sujeitos envolvidos participem, tenham responsabilidades e compromisso, modifiquem e sejam modificados. No entanto ainda de vive uma educação fria, seca e sem emoção.
Percebe-se dentro deste contexto vidas desacreditadas, não há mais confiança entre professores e alunos, família e escola, os conflitos aumentam de forma espantosa, e, com isso pessoas perdem sua identidade, para Curi (2003, p.15) “O ser humano é um estranho para si mesmo... os jovens raramente sabem pedir perdão, reconhecer seus limites e se colocar no lugar dos outros”. Uma força poderosa chamada “medo” está tomando conta da mente humana, levando-o ao crescimento de transtornos emocionais e doenças psicossomáticas como: depressão, obsessão, síndrome de pânico, fobias, timidez, agressividade, ansiedade. Impedindo profissionais de desempenhar seu trabalho com eficácia, enfrentar as dificuldades e superar os perigos
O convívio entre as pessoas tem se dado de forma mecânica e calculista, visto que não se sabe mais com quem está se relacionando, isto é, uma realidade onde a crueldade, a miséria, a tragédia, o ódio e a maldade têm sufocado a confiança e o amor ao próximo.
Entre esse fogo cruzado aparece o educador, com a grande responsabilidade de compreender, instruir, interferir na educação e transformação do caráter das vidas que de forma direta ou indiretamente passam por sua vida. Como diz Augusto Curi (2003, p.39) “... um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender”. Não resta dúvida de que é bastante difícil o papel do professor. Para conseguir desempenha-lo com eficiência, este deve ter um bom equilíbrio emocional e, sobretudo, que tenha feito uma escolha profissional consciente, que se sinta realizado nela, que ela seja, não um sacrifício, e sim uma fonte inesgotável de desafio e prazer.
O que as pessoas são hoje depende das experiências boas ou ruins que tiveram no passado e de como essas experiências marcaram suas vidas. Ninguém é igual, cada ser humano é único! Para entender tudo isso é importante saber mais sobre como as pessoas se relacionam, a importância da cultura e da identidade, da auto-estima e de muitas outras coisas que fazem parte da vida desta figura indispensável na área educacional: (o professor, o educador, o exemplo de vida, o espelho do aprendiz). Espera-se deste “... a compreensão de que servir talvez seja a única possibilidade de evitar tantos equívocos...” (MISTRAL, 1945), ou seja, uma das funções essenciais do professor é ajudar e estimular o educando no seu desenvolvimento emocional e social. No entanto, ele só poderá faze-lo se tiver condições de promover o seu próprio desenvolvimento, conhecendo-se, lutando pela sua realização profissional, procurando encontrar ou superar suas limitações pessoais.

História do BUMBA

UESSBA – UNIDADES DE ENSINO SUPERIOR DO SERTÃO DA BAHIA
FACULDADE DO SERTÃO

RELATÓRIO DE PESQUISA DE CAMPO: HISTÓRIA DO BUMBA

Irecê, 2007

Por:
AYRTON CARDOSO VIANA e
MARIA EMILIA DOURADO PIMENTA VIANA


“A invocação do passado constitui uma das estratégias mais comuns nas interpretações do presente.
O que inspira tais apelos não é apenas a divergência quanto ao que ocorreu no passado e o que teria sido esse passado, mas também a incerteza se o passado é de fato passado,
morto e enterrado, ou se persiste, mesmo que talvez sob outras formas”.
Edward Said


JUSTIFICATIVA

Estudar os acontecimentos do passado faz com que os seres humanos se situem
dentro de uma realidade que não foi vivida, mas da interação do indivíduo com esses acontecimentos faz com que se tenha a sensação de se estar vivente esta realidade, no presente.
Na visão de BORGES (1993) ele situa esse conhecimento e essa história como:
“O conhecimento histórico serve para nos fazer entender, junto com outras formas de conhecimento, as condições de nossa realidade, tendo em vista o delineamento de nossa atuação da história (...) de conhecimento histórico cujo objetivo são as transformações permanentes de homens vivendo em sociedade” (p.49).
O presente trabalho de pesquisa junto à comunidade de América Dourada (BA),
estará trazendo uma contribuição para o estudo de histórias que se passaram ou se passam, neste caso específico o “BUMBA”, nesta região como também em outras do estado da Bahia e porque não dizer do imenso Brasil e que, não se sabe por que motivos não são registrados, e os poucos relatos que se tem são aqueles contados por pessoas que viveram essa história, sem, portanto serem catalogadas e registradas. Parafraseando Borges, pode-se dizer que “Cada realidade história é única, não se repetindo nunca de forma igual”.
Portanto quando se faz um levantamento e estudo de acontecimentos, que devido a fatores inerentes ao presente trabalho, não foi devidamente registrado, é de se esperar que outros tomem iniciativas deste tipo para que se possa dentro de uma lógica história, se colocar, não só na memória, mas no cotidiano dos indivíduos que se deva zelar por esse patrimônio que não seja só aqueles relacionados a prédios, igrejas ou monumentos, como também os referentes a cultura do povo, isto porque só se pode conhecer algo do
passado através do que desse ficou registrado e documentado para a posterioridade.



A história do Bumba

Para que se possa dar início ao trabalho proposto, é de praxe verificar o que os PCN’s, falam a respeito do assunto e, sobretudo de estudos que engloba histórias e como elas podem ser influenciadas no quesito relacionado à educação:“Os estudos consideram que no confronto entre povos, grupos e classes, a nas lutas, por momentos de permanência de costumes ou valores, por transformações rápidas e lentas”. (p.31)
Para conhecer a verdadeira história do Bumba (atração folclórica e religiosa) realizada todos os anos, especificamente no dia 18 de janeiro, na cidade de América Dourada, situada à 420 km da capital do estado da Bahia, e como foi relatada por diversos moradores daquela cidade, a chamada festa do Bumba, teve origem quando da comemoração da festa do padroeiro daquela localidade São Sebastião. A festa de São Sebastião é sem dúvida a festa religiosa mais antiga das terras da fazenda Lagoa Grande, adquirida pelo patriarca João José da Silva Dourado. Suas terras correspondem hoje a vários municípios tais como: América Dourada, João Dourado, Irecê, Lapão, São
Gabriel, Ibititá, Presidente Dutra, Jussara e outras localizadas na chamada Micro Região de Irecê. Quando a família Dourado vieram da cidade de Macaúbas por volta do ano de 1870, tomaram posse das terras, se instalaram a princípio em América Dourada e o Sr. Teotônio Marques Dourado e sua esposa Amélia Dourado, pais de Teotônio Marques Dourado Filho “Tiozinho”, trouxeram consigo naquela época a primeira imagem de São Sebastião e logo em seguida construíram a primeira capela de América Dourada, que na época era coberta de palhas de carnaúba.
Com o crescimento do povoado pessoas das comunidades vizinhas passaram a
ser devotos do padroeiro São Sebastião, o qual é festejado dia 20 de janeiro, e o seu novenário é iniciado no dia 11 de janeiro, sendo o dia 18 o mais “popular”, o mais animado e querido do novenário. Em 1898 o senhor Cândido Borges, devoto de São Sebastião e mordomo da noite de 19 de janeiro, oitava noite do novenário, vinha do Tareco acompanhado por sua esposa, povoado da vizinha cidade de Morro do Chapéu, para festejar São Sebastião com a reza e depois sair pelas ruas da cidade, sempre à luz de candeeiros e lanternas, pois na época não existia a luz elétrica. É justamente neste dia
que o Bumba sai pelas ruas da cidade, com o povo acompanhando o tradicional
“Bumba de Cândido Borges”, como é popularmente chamado, cantarolando músicas
e modas do passado, conservando uma tradição que teve início de 1898, com o Sr. Cândido Borges, e seguido por muitos de saudosa memória, a exemplo de: Severiano Rodrigues, Zezinho de Cândia, Aurindo Pereira, José de Andradina, Francisco de Melo “Liobininho”, Zé de Abílio que com a sua sanfona de oito baixos, a famosa “pé-de-bode”, tocou pelas ruas de América Dourado por mais de cinqüenta anos, nas noites de 18 de janeiro, e tantos outros não menos importantes que tiveram presença e participações tão importantes.
A tradição continua viva cada vez mais na memória do povo daquela cidade, à
qual é seguida pelas novas gerações, tendo como principais “mordomos” ou
organizadores do novenário da noite do dia 18, pessoas como: Juarez Antonio de Oliveira “Piauí”, Mauro Henrique “Ito”, Vicente Paulo Dourado, José Marcos “Marquinhos”, José Otaviano “Tivi”, Henrique Dourado Primo “Americano”, Francisco Augusto Dourado “Chico de Henrique”, Sebastião Guedes Davi “Bito”, Sebastião Paulo Dourado “Tião”, Ayrton Cardoso Viana, João Paulo e João Vitor Dourado Viana, e tantos outros.
O dia 18 de janeiro, dia do Bumba, como é mais conhecido, é festejado de zero hora do dia 17 para o dia 18, com sanfoneiros sempre tocando em um local organizado pelos mordomos, e às 03h00minh da manhã todos se encaminham para frente da Igreja, para dar início à alvorada, logo em seguida saem pelas ruas da cidade, tocando e cantando até às 06h00minh da manhã, onde na oportunidade são servidas comidas típicas para todos que “agüentaram” amanhecer o dia. São comidas “pesadas” que servem tanto para curar a ressaca de sono, como o cansaço, tais como: bode cozido, sarapatel, buchada, mocotó e outras iguarias.
Durante todo o dia 18 sempre tem um sanfoneiro em um bar ou lanchonete, de
preferência os mais freqüentados da cidade, tocando e cantando para animar a
turma que até este momento ainda está em pé.
À noite todos vão participar da novena em preparação à festa do padroeiro São Sebastião e, logo em seguida ao final da novena, se reúne em frente à Igreja, usando camisas comemorativas deste dia. Saem pelas ruas da cidade visitando as casas dos mordomos, onde não falta uma bebida para alegrar os tocadores do Bumba e as pessoas, sempre acompanhados pela sanfona “pé-de-bode”, pífano, flauta, tambor (bumbo) triangulo e pandeiro, atualmente são acompanhados apenas pela sanfona, bumbo e triângulo, e vão até às 12:00h. Esta multidão de gente sabe na ponta da língua todas as músicas e modas do passado que são cantadas durante o percurso da festa,
músicas como: Lero-Lero, Brejão da Gruta, Valdete, Adeus Jacobina, Você pensa que cachaça é água, Jardineira, Santos Reis, Coqueiro da Bahia, Eu vou plantar cacau e de quando em vez soltam o seu grito de guerra “Viva o dia 18”.

CONCLUSÃO

Pode-se dizer que um povo sem história é um povo sem memória, e um povo que
não registra a sua história não tem um passado ao qual possa de deliciar no presente, ou como escreve BORGES (1993) “Mas a história também é aceita como o estudo do passado, em função de um presente, desde a história dos gregos” (p.56), dito isto se percebe que, a escrita da história é a escrita do próprio sujeito, enquanto pessoa responsável pela grande história de viva de se avizinha.
Não é possível afirmar que as fontes ou documentos são um espelho fiel da
realidade, mas são sempre a representação de parte ou momentos particulares do objeto em questão. O mesmo BORGES (1993) afirma “Uma fonte representa muitas vezes um testemunho, a fala de um agente, de um sujeito histórico, devem ser sempre analisados como tal” (p.61).
A preocupação com a preservação da memória histórica cultural é fenômeno
que vem caracterizando, desde o final do século passado e início desce milênio, por um número considerável de instituições em âmbito nacional, principalmente por instituições públicas e privadas, como também por organizações não governamentais, segmentos sociais os mais diversos, pena que esta região ainda se encontra aquém das expectativas nacionais relacionadas à formação e escrita de sua própria história, apesar de se ter
pessoas com capacidade para tal fim.
Nos PCN”s diz-se que “A comunicação entre os homens, além de escrita, é
oral, gestual, figurada, musical e rítmica” (p.30) e partindo desse pondo aqui vai os agradecimentos às pessoas de Vicente Paulo Dourado, Henrique Dourado Primo, Mário Henrique, Jardilina Rodrigues Lima, Maria das Graças Dourado Pimenta e Cicera, que muito ajudaram através de depoimentos, fotos e relatos inerentes ao presente trabalho.
E por fim dizer que “escrever história não é estabelecer certezas, mas é reduzir o campo das incertezas, é estabelecer um feixe de probabilidades” (Borges, 1993, p.69).



REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS

BITTENCOURT, Circe. (org.) O saber histórico na sala de aula. 10. ed. São
Paulo: Contexto; 2005. – (Repensando o Ensino)

BORGES, Vavy Pacheco. O que é história. 2. ed. rev. São Paulo: Brasiliense,
2007. (Coleção primeiro passos; 17)

Parâmetros Curriculares Nacionais: História e Geografia/ Ministério da
educação. Secretaria da Educação Fundamental. 3.ed. Brasília: A Secretaria,
2001.

Projeto de Pesquisa - Formação continuada de profissionais de educação

Nada lhe posso dar que já não exista em você mesmo. Não posso abrir-lhe outro mundo de imagens, além daquele que há em sua própria alma... Nada lhe posso dar a não ser a oportunidade, o impulso, a chave. Eu o ajudarei a tornar visível o seu próprio mundo, e isso è tudo. Hesse
TEMA
Formação continuada do profissional de educação

TÍTULO

FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DE EDUCAÇÃO:
Estudo de caso sobre interesses propiciados durante e após o término do Curso de Pedagogia ministrado pela Faculdade do Sertão
PROBLEMA

O Curso de Licenciatura Plena em Pedagogia ministrado pela Faculdade do Sertão para as turmas de 2003.2 até 2006.2 vem contribuindo para que os discentes destas turmas busquem continuar o seu processo de formação após a sua conclusão?

JUSTIFICATIVA

Formar profissionais competentes, qualificados e com diversificada bagagem teórica e prática são objetivos de todos os envolvidos com o Ensino Superior. Muito se fala da importância inadiável de se transformar informações em conhecimento, e permitir que discentes dos cursos de Pedagogia e Letras, leve para a rua, portanto, para sua vida e seu entorno os saberes que se aprende nas Academias.
A intenção quando da escolha desse tema é o de estudar o processo de produção do conhecimento diretamente como este acontece no âmbito da Faculdade, e quais as contribuições que trazem para a constante e permanente formação do profissional de educação, durante a sua estada na academia.
Neste sentido, pensar em fazer um trabalho direcionado a Formação Continuada de Professores é pensar na realidade presente na educação, e de que forma esses profissionais, situados no movimento da prática educativa, vêem sua formação, e como fazer para continuar, mesmo estando fora do contexto da faculdade.
Como muito bem afirma Oliveira (1994, p.21) (...) "formar professores com capacidade de exercer sua função docente com qualidade, dispondo de fundamentação teórica apropriada para analisar a escola diante das adversidades da relação educação x sociedade, somadas à competência técnica que facilita ao aluno a aquisição de conhecimentos sistematizados".
Este é o ideal que todo profissional de educação deve perseguir, e para que isso ocorra é preciso engajamento de todo o setor educativo na busca de planos de estudo adequados à formação cultural, pedagógica e política destes profissionais.
Com o interesse de adentrar nessa realidade, é possível considerar que a abordagem qualitativa seja a mais adequada ao desenvolvimento dessa pesquisa, pois irá proporcionar uma visualização contextualizada da realidade da faculdade pesquisada, isto porque a pesquisa qualitativa tem o ambiente natural como sua fonte de dados e o pesquisado como o principal instrumento na coleta de dados.
A formação continuada deve fazer com que o profissional de educação seja competente, qualificado, engajado nas lutas sociais, com capacidade para desenvolver o famoso binômio “competência técnica e consciência política.” Um profissional que perceba ser possível desenvolverem-se mecanismos de resgate da qualidade de ensino, bastando-lhe ter a compreensão de que a escola tem relativa autonomia para desenvolver um processo educacional de qualidade.
Vários são os profissionais que se debruçam no estudo da Formação Continuada de Profissionais de Educação. Uma grande parte é unânime em afirmar que uma boa formação depende principalmente do próprio discente, do seu real interesse em se desenvolver, do “querer-fazer” uma formação consciente, do estimulo a criação cultural, do desenvolvimento do espírito científico, do pensamento reflexivo, que estejam aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira.
Portanto estudar a produção do conhecimento do Curso de Pedagogia ministrado pela Faculdade do Sertão e, compreendendo que este objeto de pesquisa representa um processo em constante movimento, optou-se por abordar esta realidade observando e descrevendo as múltiplas relações que determinam o cotidiano do curso na Faculdade do Sertão.



OBJETIVOS

Objetivo geral


Verificar junto aos discentes do Curso de Pedagogia se a gama de conhecimentos teórico/práticos e metodológicos internalizados pelos profissionais aprendentes no cotidiano da Faculdade do Sertão, dá estímulos para que continuem em sua profissão, buscando com isso uma formação continuada.

Objetivos específicos

Verificar se no curso de Pedagogia da Faculdade do Sertão há dificuldades em assimilar conhecimentos e competências como valor de educação.

Verificar se a importância, a necessidade e as características na formação do pedagogo já estão amplamente analisadas na pedagogia atual.

Verificar se os professores estão interessados em somente cumprir o que determina a Lei 9.394/96, ou em serem aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade, direcionando-a a uma visão que requer uma maior explicitação de sua função de educador e dos possíveis rumos de sua formação.

HIPÓTESES DA PESQUISA

O curso de pedagogia da Faculdade do Sertão pode ser considerado como um canal de mudança do perfil profissional relacionado à prática educativa.
A base teórico/prática do curso possibilita a busca constante sobre novos conhecimentos, como forma de reflexão da prática educativa, delineando novos caminhos de aproximação entre teorias e prática no meio educacional.
O diploma que representava o passaporte para os próximos anos deixa de ser suficiente, quando se busca uma formação que apenas contemple os aspectos legais da titulação.
No curso oferecido buscam-se caminhos e doutrinas diferentes sobre a melhor forma e os métodos e ideais para transmitir o conhecimento aos estudantes, no intuito de diminuir a enorme distância entre a formação universitária e a realidade das escolas;

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

O ser humano é um eterno aprendiz e a sua formação não termina quando se conclui o Ensino Fundamental, nem o Médio, e tão pouco o nível Superior. Para Marques (1992, p.50),
"As complexidades do exercício das profissões no mundo atual exigem processos de formação explícitos e formais, em que se condensem, sistematizem e generalizem competências comunicativas e habilidades cognitivas e instrumentais, desde o ensino fundamental".
O bom profissional é aquele indivíduo que aprende continuamente, não ficando estacionado no tempo, sendo que, o que aprendeu não é suficiente para poder afirmar que não necessitará adquirir novos conhecimentos e novas competências para exercer a sua profissão. A esse respeito Oliveira (1994, p.207) diz que é “precária, inadequada e insuficiente a formação profissional que os alunos estão recebendo e principalmente a realidade vivenciada por alunos e professores em sala de aula”, portanto manter-se atualizado sobre novas metodologias de ensino e desenvolver práticas pedagógicas mais eficientes são alguns dos principais desafios da profissão de educador.
Para Demo (1997, p.45) “... educação é um processo essencialmente formativo, no sentido reconstrutivo humano, não algo da ordem de mero treinamento, ensino, instrução (...) formação toma o aluno como ponto de partida e de chegada.”
Concluir o Magistério ou a Licenciatura é apenas uma das etapas do longo processo de capacitação que não pode ser interrompida, porém, a bagagem teórica terá pouca utilidade se o profissional não fizer uma reflexão sobre sua vida tanto como aluno, como profissional.
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Brasileira nr. 9.394 de 20 de dezembro de 1996, no seu artigo 87, inciso 4º. das Disposições Transitórias, diz que: “Até o fim da Década da Educação somente serão admitidos professores habilitados em nível superior ou formados por treinamento em serviço”, portanto a partir de 2007, só serão admitidos profissionais com habilitação para tal fim.
Como a Lei diz que, todo professor em todos os níveis de ensino precisam estar atualizado, ou seja, com no mínimo um curso superior em sua bagagem profissional, a corrida desenfreada por cursos de nível superior está deixando a maioria dos professores confusos. Esse mesmo governo que não propicia uma formação de boa qualidade, autorizando faculdades e mais faculdades a operarem o ensino superior sem um mínimo de decência.
O sistema educacional pode contribuir para o desenvolvimento do sistema econômico, quer produzindo novos conhecimentos, idéias, elevando o nível educacional da população, ou ainda, desenvolvendo os recursos humanos com a qualificação reclamada por esse sistema econômico. Paro (1992, p.50) afirma que "As principais contribuições que o sistema educacional pode prestar à economia de um país, em seu processo de desenvolvimento, relacionando-se com as transformações qualitativas que costumam ocorrer em todos os setores da atividade econômica e social durante este processo".
O que o professor necessita realmente são de cursos que promovam o aprendizado de forma coerente com que a população exige e deseja para ela e para os seus filhos. Antunes (2002, p.94) em uma de suas varias contribuições para o setor educativo diz que: “A verdadeira educação não pode se eximir de sua responsabilidade legal, mas não pode aceitar a tirania de critérios construídos em cenários distantes da realidade das salas de aula.
Observa-se que o processo de formação sofreu mudanças no decorrer do tempo, de acordo com as necessidades do mundo atual, e é neste mundo “globalizado” que se exerce o ofício em contextos, os mais diversos possíveis e inimagináveis, diante de públicos que mudam constantemente, em referência a programas repensados, supostamente baseados em novas abordagens e novos paradigmas. Silva (1992, p.50), posicionando-se ao aspecto político da educação diz categoricamente que, "A formação da consciência no contexto de uma educação inserida na prática política é o objetivo primordial da formação do educador, ainda que esteja claro que essa consciência só possa se formar e se sustentar através de determinadas bases da prática pedagógica e da prática política".
A educação tem papel fundamental nessa transição da natureza humana, do mundo e da própria existência. A restauração da unidade, da integração e do conhecimento só ocorrerá quando os valores humanos e espirituais fizerem parte do contexto educacional, equilibrando o desenvolvimento da inteligência e do saber com a educação dos sentimentos para a descoberta do ser integral. Silva (1992, p.60) diz que “... a atividade educativa é uma atividade profissional que se caracteriza (...) pela especificidade de sua prática, que exige um conhecimento específico, (...), sobretudo pela relação e pelo papel que tem no desenvolvimento social.”
No aspecto relacionado ao cotidiano escolar, Magalhães (2003, p.29) confirma o seguinte
"...muitos se deixam contagiar pelo comodismo, enquanto alguns (...) buscam conhecer melhor seus aprendentes, buscam formas de envolvê-los no processo, sem receio de também se envolverem (...) e quem ensina também pode aprender, onde existe a possibilidade, em dados momentos, da mera observação, de estar apenas participando de processo e deixar que as iniciativas aflorem".
E para assumir a sublime tarefa de educar, Silva (1992, p.14) fala queb "(...) o educador deve ser preparado para atuar como intelectual dirigente, marcado pela consciência política, capaz de pensar criticamente a realidade e se manter vinculado à classe trabalhadora, comprometido com a luta política e com o esforço de ajudá-la a também pensar criticamente essa realidade e a se manter organicamente coesa".
Todavia Berbel (1998, p.23) tem sua posição formada quanto à formação docente, quando questiona: “Como vão participar compromissadamente da solução dos problemas sociais, regionais ou nacionais, os profissionais de nível Superior que não tiveram um mínimo de preparação em seu tempo de formação?” Com relação a esta questão formulada a mesma autora confirma sua posição ao descrever, "Essas questões requerem (...) uma resposta pedagógica, de revisão cultural do papel do professor universitário ao contribuir para o cumprimento de funções da universidade e uma resposta de reflexão crítica e intervenção sobre essa realidade observada e vivida em nossa sociedade".
Portando é de se esperar que a Faculdade faça com que seus discentes estejam aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, colaborando na sua formação contínua, bem como suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos através desta formação.
Paro (1983, p.41) diz que “existe um grande número de instituições com as quais o sistema produtivo tem contado para a formação e o aperfeiçoamento dos profissionais de que necessita”, todavia ocorre que "Para serem aprendidos, estes conteúdos teóricos, bem como os conhecimentos e princípios gerais, precisam ser apresentados de maneira sistematizada e coerente, através de organização didática que apenas no interior das instituições educacionais pode ser adequadamente desenvolvida".
O que se pode afirmar é que só existirá uma boa formação se o próprio profissional de educação buscar todos os meios disponíveis para mudar a sua prática tanto como aprendente como ensinante.

METODOLOGIA

Pesquisar como o profissional de educação concilia a sua própria formação é uma tarefa difícil, porém necessária para um trabalho de verificação de como se desenvolve essa “formação” na atualidade.
A pesquisa de campo será realizada através da aplicação de questionários junto aos discentes das turmas 2003.2, 2004.1, 2004.2, 2005.1, 2005.2 e 2006.1, para uma posterior tabulação das mesmas. Serão formuladas questões relacionadas ao Curso de Pedagogia ministrado na Faculdade do Sertão com relação às suas práticas diárias e quanto às expectativas deste curso.
O questionário terá como público alvo os profissionais que estejam trabalhando em áreas como docência e coordenação pedagógica.

CONTEXTO E PARTICIPANTES

Para a coleta de dados foi escolhida a Faculdade do Sertão na cidade de Irecê (BA) com todos os discentes do curso de Pedagogia, em todos os semestres, a partir da turma 2003.2, sendo esse universo somente de discentes que estão exercendo a profissão de docente e/ou coordenador pedagógico.

Etapas de desenvolvimento da pesquisa:

Primeiramente será feito o levantamento junto às turmas do Curso de Pedagogia da Faculdade do Sertão, em todos os semestres, onde verificar-se-á a quantidade de discentes que estão atuando na área educacional, (áreas de docência e coordenação) para em uma etapa posterior ser elaborado/aplicado o questionário.
No questionário a ser aplicado deixar-se-á em aberto a opção do graduando de registrar ou não o seu nome. Essa opção visa não inibi-lo da hora de responder ao questionário.




REFERÊNCIAS


ANTUNES, Celso. As inteligências múltiplas e seus estímulos. Campinas, SP: Papirus; 1998.

_______________. Marinheiros e professores II: diálogos surrealistas. Petrópolis, RJ: Vozes;2002.

BERBEL, Neusi A. Navas (Org). Metodologia da problematização: Experiências com questões de Ensino Superior. Londrina, PR: UEL; 1998.

CARVALHO, Anna Maria Pessoa de. Prática de ensino: os estágios na formação do professor. São Paulo: Pioneira; 1985.

DEMO, Pedro. A nova LDB: ranços e avanços. Campinas, SP: Papirus, 1997 (Coleção Magistério. Formação e Trabalho Pedagógico).

MALANGA, Eliana Branco. (Org.). Psicopedagogia e semiologia: uma interdisciplinaridade produtiva. São Paulo: Memnon; 2003.

MARQUES, Mario Osório. A formação do profissional da educação. Ijuí, RS: Unijuí; 1992.

NÒVOA, Antonio. Os professores e a sua formação. Lisboa: Coleção Nova Enciclopédia, 1992.

PARO, Vitor Henrique. Escola e formação profissional. São Paulo: Cultrix, 1983.

OLIVEIRA, Ana Cristina Baptistella de. Qual a sua formação, professor? Campinas, SP: Papirus, 1994. (Coleção magistério. Formação e trabalho pedagógico)

SILVA, Jefferson Ildefonso da. Formação do educador e educação política. São Paulo: Cortez. Autores associados, 1992.

sábado, 8 de setembro de 2007

Coloque em prática

COLOCAR EM PRÁTICA HOJE, NÃO DEIXANDO PARA UM OUTRO DIA.

Sobre o assunto, julgamos oportuno transcrever, a seguir, um decálogo elaborado pela polícia de Houston, Estado do Texas, Estados Unidos, de como criar um delinqüente. Consta no livro: O SEXO E O AMOR EM NOSSAS VIDAS, de Celso Martins, editado pela ABC do interior.

EI-LO:

1. Comece na infância a dar a seu filho tudo o que ele quer. Assim, quando crescer, ele acreditará que o mundo tem a obrigação de lhe dar tudo quanto deseja.
2. Nunca dê a ele orientação religiosa. Espere até que ele cheque aos 21 anos e se decida por si mesmo.
3. Quando ele disser nomes feios, ache graça. Isto o fará considerar-se interessante.
4. Apanhe tudo o que ele deixar jogado: livros, sapatos, roupas. Faça tudo para ele, para que aprenda a lançar sobre os outros toda a sua responsabilidade.
5. Discuta com freqüência na presença dele. Assim, não ficará muito chocado quando o seu lar se desfizer mais tarde.
6. Dê-lhe todo dinheiro que pedir. Nunca deixe o seu filho sem o seu próprio dinheiro. Por que terá ele de passar pelas mesmas dificuldades por que você um dia já passou, não é mesmo?
7. Satisfaça todos os seus desejos de comida, de bebida e de conforto. Negar pode acarretar frustrações prejudiciais.
8. Tome o partido dele contra os vizinhos, contra os professores e policiais. Todos têm má vontade para com ele.
9. Quando se meter em alguma encrenca, dê esta desculpa: - Nunca consegui domina-lo.
10. Prepare-se, então, para uma vida de desgosto. É o seu merecido destino!

Mensagem

Saia de casa só pelo gosto de caminhar.
Sorria para todos.
Faça um álbum de família.
Conte estrelas.
Telefone para seus amigos.
Diga: “Gosto muito de você”!.
Converse com Deus.
Volte a ser criança.
Pule corda.
Apague de vez a palavra “rancor”.
Diga “sim”.
Dê uma boa risada!
Leia um livro.
Peça ajuda.
Corra.
Cumpra uma promessa.
Cante uma canção.
Lembre o aniversário de seus amigos.
Ajude algum doente.
Pule para se divertir.
Mude de penteado.
Seja disponível para escutar.
Deixe seu pensamento viajar.
Retribua um favor.
Termine aquele projeto.
Quebre uma rotina.
Tome um banho de espuma.
Escreve uma lista de coisas que lhe dê prazer.
Faça uma visita.
Sonhe acordado.
Desligue o telefone e converse.
Permita-se errar.
Retribua uma gentileza.
Escute os grilos.
Agradeça a Deus pelo Sol.
Aceite um elogio.
Perdoe-se.
Deixe que alguém cuide de você.
Demonstre que está feliz.
Faça alguma coisa que sempre desejou.
Toque a ponta dos pés.
Olhe com atenção uma flor.
Só por hoje, evite dizer “não posso”.
Saiba que não está só.
ABRAÇOS!!.

Artigo Formação continuada

FORMAÇÃO CONTINUADA


Continuar se aperfeiçoando, eis a questão atual


Por Ayrton Cardoso Viana

A Formação Continuada do profissional de educação, estabelecida na LDB 9.394 de 20.12.1996, está relacionada em vários Programas através do Ministério da Educação como: Formação e Valorização dos Profissionais da Educação, portanto surgem alguns uestionamentos: Até que ponto as verbas destinadas a esses programas são utilizados de forma a beneficiar os profissionais da educação e os alunos nas escolas? Seria possível afirmar que, com esses programas, a educação no Brasil está melhorando?
Na realidade o que estamos vivenciando são verbas públicas mal aplicadas, sendo “jogadas” pelos ralos da burocracia. A falta de fiscalizações impregnadas em todos os setores do governo.
Os programas podem até serem bons, mas a sua aplicabilidade deixa muito a desejar. Com certeza existem pessoas que querem vê-la melhorar, mas a política vigente no setor educacional não contribui para que esses programas deslanchem.
Simom, em uma de suas entrevistas, deixa muito claro que a falta da qualidade dessa educação, hoje praticada nas escolas brasileira, está deixando muito a desejar, isto porque a maioria dos profissionais da educação estão se sentido, de certa forma, “desvalorizados”.
Se a educação vai mal, os primeiros a serem tachados de incompetentes são os docentes, e nessa linha há de se perguntar: Realmente a culpa dessa “desorganização” seria somente dos professores?
Pedro Demo (2001, p.48) já alertava a esse respeito dizendo que, “somente o professor que aprende bem e continuadamente pode fazer o aluno aprender”. E é nesse ponto que entra as Políticas Públicas do Governo Federal, se bem direcionadas, com certeza irão proporcionar aos profissionais de educação meios para se melhorar essa “qualidade” tão esperada por todos.
A intenção do Governo Federal quando lança medidas através do PDE - Plano de desenvolvimento da Educação é o de, na medida de esforços de todos, mudarem o quadro tão drástico da educação brasileira. Há de se lembrar, porém que existem várias escolas que estão bem acima da média nacional, no quesito qualidade e avaliação de seus trabalhos pedagógicos, como também profissionais docentes da mais alta qualidade e competência. O que não se pode fazer é exagerar nas afirmações e tão pouco menosprezar àqueles que se dedicam de corpo e alma para fazer uma educação decente.
Com relação ao PDE, lançado pelo Governo, um dos itens em discussão é o que se refere ao investimento em Formação Continuada de Professores, que apesar de já constar na LDBEN 9.394/96, falta muito ainda para se concretizar essa “Formação”.
Portanto o que deve, e pode ser feito para que a educação brasileira melhore é investir e tratar o professor como o eixo central da qualidade na educação, só assim se poderá vislumbrar melhores dias para o povo brasileiro. Boff (2000, p.84) afirma que “Investir em educação é investir na qualidade de vida (...) em mão-de-obra qualificada (...) é garantir uma produtividade maior”. E se isso não for feito com a colaboração de todos, não se conseguirá galgar uma educação com a qualidade que o povo brasileiro tanto deseja, merece e espere que seja concretizada.
No particular eu acredito que a formação ideal é àquela que, além de valorizar o Profissional de Educação, em todos os seus aspectos, valorize também a própria Educação, fazendo com que se mudem as péssimas avaliações as quais estamos vivenciando, apesar dos esforços do Governo, não vem surtido os efeitos desejados, que é o de colocar as nossas crianças e adolescentes em níveis iguais ou melhores aos que outros paises conseguem fazer.

Ayrton Cardoso Viana, acadêmico do Curso de Pedagogia da UESSBA – Faculdade do Sertão.

Irecê (BA) Maio de 2007.

Referências Bibliográficas

BOFF, Leonardo. Depois de 500 anos: Qual Brasil queremos? Petrópolis, RJ: Vozes, 200. 2 ed. cap. VIII, pág. 77 – 84.

DEMO, Pedro. A nova LDB: Ranços e avanços. Campinas, SP: Papirus, 1997.

LDBEN 9.394, de 20 de dezembro de 1996

Educar para vencer

Por Ayrton Cardoso Viana

À muito se fala que a educação é excencial, que é a alavanca da economia, que um pais não cresce se seu povo não tiver uma boa educação, etc. etc. etc.
E o que nós, que detemos o saber, estamos fazendo para melhorar as estastísticas sobre a educação brasileira.
Na realidade uma frase, lida esta semana, me fez pensar a respeito "O professor trabalha mal por que ganha mal, ou ganha mal por que trabalha mal". Seria o caso de todos nós rever o nosso trabalho, de como estamos trabalhando em favor da educação. Será que estamos realmente nos dedicando à educação como esta merece. Será que estamos somente pensando no lado economico sem todavia pensar naqueles seres humanos que dependem tanto de nós, uma vez que as famílias, na sua quase totalidade, estão passando para as escolas a Educação de seus filhos.
Temos que parar e pensar sériamente neste assunto, antes que seja muito tarde.