Por:
Ayrton Cardoso Viana
O final do século XX e início do século XXI vem sendo marcado pelos avanços das novas teorias da física, da biologia, das comunicações, da pedagogia. As novas tecnologias e os novos paradigmas educacionais tem proporcionado ao homem outra visão do que é, e como se fazer uma educação de qualidade. Em contrapartida instala-se um individualismo tumultuado e feroz, fruto das novas exigências do sistema capitalista e social. A tendência advinda é projetar as dificuldades no outro, isto leva o indivíduo a permanecer freqüentemente na controlável posição de vítima, o que nada contribui para o desenvolvimento pessoal e profissional.
As escolas buscam novos métodos para adquirir e transmitir conhecimentos de acordo com essa realidade. Novos horizontes estão se abrindo aos educadores, exige-se deles uma educação construída numa rede de relações, de construções, de transgressões, de busca de afirmações e parcerias, em que todos os sujeitos envolvidos participem, tenham responsabilidades e compromisso, modifiquem e sejam modificados. No entanto ainda de vive uma educação fria, seca e sem emoção.
Percebe-se dentro deste contexto vidas desacreditadas, não há mais confiança entre professores e alunos, família e escola, os conflitos aumentam de forma espantosa, e, com isso pessoas perdem sua identidade, para Curi (2003, p.15) “O ser humano é um estranho para si mesmo... os jovens raramente sabem pedir perdão, reconhecer seus limites e se colocar no lugar dos outros”. Uma força poderosa chamada “medo” está tomando conta da mente humana, levando-o ao crescimento de transtornos emocionais e doenças psicossomáticas como: depressão, obsessão, síndrome de pânico, fobias, timidez, agressividade, ansiedade. Impedindo profissionais de desempenhar seu trabalho com eficácia, enfrentar as dificuldades e superar os perigos
O convívio entre as pessoas tem se dado de forma mecânica e calculista, visto que não se sabe mais com quem está se relacionando, isto é, uma realidade onde a crueldade, a miséria, a tragédia, o ódio e a maldade têm sufocado a confiança e o amor ao próximo.
Entre esse fogo cruzado aparece o educador, com a grande responsabilidade de compreender, instruir, interferir na educação e transformação do caráter das vidas que de forma direta ou indiretamente passam por sua vida. Como diz Augusto Curi (2003, p.39) “... um excelente educador não é um ser humano perfeito, mas alguém que tem serenidade para se esvaziar e sensibilidade para aprender”. Não resta dúvida de que é bastante difícil o papel do professor. Para conseguir desempenha-lo com eficiência, este deve ter um bom equilíbrio emocional e, sobretudo, que tenha feito uma escolha profissional consciente, que se sinta realizado nela, que ela seja, não um sacrifício, e sim uma fonte inesgotável de desafio e prazer.
O que as pessoas são hoje depende das experiências boas ou ruins que tiveram no passado e de como essas experiências marcaram suas vidas. Ninguém é igual, cada ser humano é único! Para entender tudo isso é importante saber mais sobre como as pessoas se relacionam, a importância da cultura e da identidade, da auto-estima e de muitas outras coisas que fazem parte da vida desta figura indispensável na área educacional: (o professor, o educador, o exemplo de vida, o espelho do aprendiz). Espera-se deste “... a compreensão de que servir talvez seja a única possibilidade de evitar tantos equívocos...” (MISTRAL, 1945), ou seja, uma das funções essenciais do professor é ajudar e estimular o educando no seu desenvolvimento emocional e social. No entanto, ele só poderá faze-lo se tiver condições de promover o seu próprio desenvolvimento, conhecendo-se, lutando pela sua realização profissional, procurando encontrar ou superar suas limitações pessoais.
domingo, 9 de setembro de 2007
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Um comentário:
Excelente trabalho
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