sábado, 8 de setembro de 2007

Artigo Formação continuada

FORMAÇÃO CONTINUADA


Continuar se aperfeiçoando, eis a questão atual


Por Ayrton Cardoso Viana

A Formação Continuada do profissional de educação, estabelecida na LDB 9.394 de 20.12.1996, está relacionada em vários Programas através do Ministério da Educação como: Formação e Valorização dos Profissionais da Educação, portanto surgem alguns uestionamentos: Até que ponto as verbas destinadas a esses programas são utilizados de forma a beneficiar os profissionais da educação e os alunos nas escolas? Seria possível afirmar que, com esses programas, a educação no Brasil está melhorando?
Na realidade o que estamos vivenciando são verbas públicas mal aplicadas, sendo “jogadas” pelos ralos da burocracia. A falta de fiscalizações impregnadas em todos os setores do governo.
Os programas podem até serem bons, mas a sua aplicabilidade deixa muito a desejar. Com certeza existem pessoas que querem vê-la melhorar, mas a política vigente no setor educacional não contribui para que esses programas deslanchem.
Simom, em uma de suas entrevistas, deixa muito claro que a falta da qualidade dessa educação, hoje praticada nas escolas brasileira, está deixando muito a desejar, isto porque a maioria dos profissionais da educação estão se sentido, de certa forma, “desvalorizados”.
Se a educação vai mal, os primeiros a serem tachados de incompetentes são os docentes, e nessa linha há de se perguntar: Realmente a culpa dessa “desorganização” seria somente dos professores?
Pedro Demo (2001, p.48) já alertava a esse respeito dizendo que, “somente o professor que aprende bem e continuadamente pode fazer o aluno aprender”. E é nesse ponto que entra as Políticas Públicas do Governo Federal, se bem direcionadas, com certeza irão proporcionar aos profissionais de educação meios para se melhorar essa “qualidade” tão esperada por todos.
A intenção do Governo Federal quando lança medidas através do PDE - Plano de desenvolvimento da Educação é o de, na medida de esforços de todos, mudarem o quadro tão drástico da educação brasileira. Há de se lembrar, porém que existem várias escolas que estão bem acima da média nacional, no quesito qualidade e avaliação de seus trabalhos pedagógicos, como também profissionais docentes da mais alta qualidade e competência. O que não se pode fazer é exagerar nas afirmações e tão pouco menosprezar àqueles que se dedicam de corpo e alma para fazer uma educação decente.
Com relação ao PDE, lançado pelo Governo, um dos itens em discussão é o que se refere ao investimento em Formação Continuada de Professores, que apesar de já constar na LDBEN 9.394/96, falta muito ainda para se concretizar essa “Formação”.
Portanto o que deve, e pode ser feito para que a educação brasileira melhore é investir e tratar o professor como o eixo central da qualidade na educação, só assim se poderá vislumbrar melhores dias para o povo brasileiro. Boff (2000, p.84) afirma que “Investir em educação é investir na qualidade de vida (...) em mão-de-obra qualificada (...) é garantir uma produtividade maior”. E se isso não for feito com a colaboração de todos, não se conseguirá galgar uma educação com a qualidade que o povo brasileiro tanto deseja, merece e espere que seja concretizada.
No particular eu acredito que a formação ideal é àquela que, além de valorizar o Profissional de Educação, em todos os seus aspectos, valorize também a própria Educação, fazendo com que se mudem as péssimas avaliações as quais estamos vivenciando, apesar dos esforços do Governo, não vem surtido os efeitos desejados, que é o de colocar as nossas crianças e adolescentes em níveis iguais ou melhores aos que outros paises conseguem fazer.

Ayrton Cardoso Viana, acadêmico do Curso de Pedagogia da UESSBA – Faculdade do Sertão.

Irecê (BA) Maio de 2007.

Referências Bibliográficas

BOFF, Leonardo. Depois de 500 anos: Qual Brasil queremos? Petrópolis, RJ: Vozes, 200. 2 ed. cap. VIII, pág. 77 – 84.

DEMO, Pedro. A nova LDB: Ranços e avanços. Campinas, SP: Papirus, 1997.

LDBEN 9.394, de 20 de dezembro de 1996

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